segunda-feira, 11 de maio de 2009

O movimento Noir: "O Falcão Maltês"

O Noir foi um movimento de vanguarda do cinema dos anos 40. Na época, os cineastas não se davam conta de que seus trabalhos definiram um estilo marcante: o uso de sombras, sujeitos carrancudos, cínicos, mulheres fatais, sedutoras e de caráter dúbio. Suas histórias quase sempre giravam em torno da criminalidade, e a persona do detetive era bastante comum, e tudo imerso numa realidade corrupta, gananciosa e pessimista.


Ando ás voltas com o Noir ultimamente. Então resolvi criar esta série de posts, recomendando algumas dicas para quem quiser se aprofundar nesse universo.



Ainda hoje, assisti ao grande pioneiro do gênero, o filme "O Falcão Maltês", de 1941. Estrelado por Humphrey Bogart, é inspirado no livro homônimo de Dashiell Hammett. Bogart interpreta o detetive Sam Spade, que é procurado por uma mulher misteriosa, e assim é posto no meio de um conflto pela posse de um falcão de bronze.


Não há muitas cenas abertas, de ação espetacular... porém não é difícil se divertir com a ganância dos protagonistas (inclusive Spade, que negocia cada ato seu em troca de grana, reparem bem); o cinismo; a periculosidade disfarçada de Mary Astor (que sem apelar, criou uma vilã incrível, sem necessariamente interpretar como uma vilã)... e diálogos bem sacados.

Hoje a arte do diálogo já não é tão presente no cinema. Mas em O Falcão Maltês, todo o desenvolvimento é calcado nisso. Os enganos, as negociações, o discurso falso... nunca se sabe em qual personagem confiar. Um grande filme.

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